Bem me quer
Friday, November 28, 2003
  Descobri hoje um nocturno do meu grupo português preferido.... e uma coisa leva à outra, cá está o que ando a ouvir agora.

Clã com letra de Sérgio Godinho

Sim, o amor é vão
É certo e sabido
Mas então (Porque não)
Porque sopra ao ouvido
O sopro do coração
Se o amor é vão
Mera dor mero gozo
Sorvedouro caprichoso
No sopro do coração
No sopro do coração

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do
Corpo no turbilhão

Sopra doido
E o que foi do
Corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras

Corto em dois limão
Chego o ouvido
Ao frescor
Ao barulho
À acidez do mergulho
No sangue do coração
Pulsar em vão
É bem dele É bem isso
E apesar disso eriça a pele
O sopro do coração
O sopro do coração

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do
Corpo no turbilhão

Sopra doido
E o que foi do
Corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras

 
Diz de tua justiça:

Tuesday, November 25, 2003
  Este tipo é um palhaço! Faz chain mail de textos cabotinos a ver se pesca alguma!

A resposta dele


-----Mensagem original-----
De: Mario Chainho [mailto:mario.chainho@tmn.pt]
Enviada: sex 22-11-2003 17:32
Para: sonia.lemos
Cc:
Assunto: Pequenas provocações.

Enviei apenas a algumas mulheres, mas esta foi a única resposta "agressiva".

É bom ver que alguém frontal e sem meias palavras porque de gente hipócrita e de falas mansas estou farto.

Cpmts,

Mário


A minha resposta

-----Original Message-----
From: sonia.lemos [mailto:sonia.lemos@netcabo.pt]
Sent: quarta-feira, 19 de Novembro de 2003 13:53
To: Mário Chainho, Engº
Subject: RE: Pequenas provocações.

Mandas isto a todas as mulheres ou também envias aos blogueiros?

Get a life

Sónia



A primeira melguice dele

-----Mensagem original-----
De: Mario Chainho [mailto:mario.chainho@tmn.pt]
Enviada: sex 14-11-2003 17:32
Para: sonia.lemos
Cc:
Assunto: Pequenas provocações.



Boa tarde.

"Bloggar" no feminino é outra coisa, outra classe. Mas ainda assim, aqui ficam umas pequenas provocações:


O SENTIDO DA VIDA
Finalmente encontrei a resposta para a Rainha das perguntas: Qual o sentido da vida? Bebendo inspiração dos maiores mestres espirituais, numa busca terrível e sem compromissos, a resposta apareceu: A vida não tem qualquer sentido! Tal como não sentido perguntar para onde vamos e de onde viemos.

Mas esta descoberta longe de ser decepcionante é, bem vistas as coisas, muito excitante. Porque o que se torna importante é dar à vida o sentido que ela não tem, e assim podemos criar. Talvez a origem da criatividade seja a falta de sentido das coisas. Evoluída é a pessoa que cria sem dogmas

É a falta de sentido da vida que a torna interessante.



HOMENS E MULHERES

Quando li pela primeira vez a famosa citação de Freud, dizendo que nunca havia conseguido compreender as mulheres, quase tive pena do senhor e da sua ignorância. Na altura pensei que já sabia muito do assunto e pouco me faltava para descobrir. Passados mais de 10 anos dei-me conta que, afinal, também não compreendo as mulheres. Todas as brilhantes conclusões que tinha foram sendo abaladas, esquecidas, postas de lado. E assim fui-me juntar a tantos homens, uns conformados, outros ainda esforçados.

Mas isto é só metade da história. Porque também me vim apercebendo que as mulheres também não compreendem os homens. Só que não se preocupam com isso, não tentam nunca perceber o porquê. Algumas simplesmente seguem em frente como se isto fosse uma não questão. Outras desvalorizam-na de uma forma subtil, repetindo em estereótipos que não dizem nada mas são eficazes (Os homens são todos iguais, só pensam na mesma coisa, etc.).

Há algum desequilíbrio nesta mútua incompreensão, porque aos homens é muito mais censurada a ignorância, o não perceber a outra parte. Às mulheres não é exigida grande coisa, porque o que é politicamente correcto é exigir direitos para as mulheres de agora e assim compensar os direitos que as suas mães e avós não tiveram.

Nós, homens, já percebemos que as mulheres dominam cada vez mais em quase tudo. Rezemos que ainda leve algum tempo para elas descobrirem que nos siderarão completamente quando começarem a exigir deveres e responsabilidades. Estarão os nossos filhos machos condenados apenas a realizar trabalho braçal ou então serem escravos sexuais e donos de casa? Talvez não fosse assim tão mau...
Retirado de http://sabretudo.blogspot.com/
Cpmts,

Mário Chainho
 
Diz de tua justiça:

Sunday, November 09, 2003
  por onde andará bete?

estará em nova iorque
tomando remédios para insônia?

ou reinventando os passos de darwin
pelas geleiras da patagônia?

bete nunca mais ligou.
por onde andará?

bete está rasgando um ecstasy
Pelos becos da cidade de goiás.

bete está no caminho de santiago,
atrás de um anjo qualquer,
que fugiu dos meus quintais...

bete nunca mais ligou.
bete nunca mais.

por onde andará bete?
além de aqui,
nos corredores desta solidão que me rói?

bete está no rio,
mais precisamente, no recreio dos bandeirantes,
ouvindo um rock do hanói hanói ...

bete nunca mais ligou.
bete nunca mais.

por onde andará bete?

estará numa sala de bate-papo,
comendo alguém via internet?

ou lavando o chão de uma kitinete
no centro de berlim?

bete, bete, bete...

enquanto me embriago desta saudade diet
e fico a compor versos assim...
 
Diz de tua justiça:

  Gosto destes últimos post educativos... :D 
Diz de tua justiça:

Thursday, November 06, 2003
  Há por aí alguém que me traduza estes Desígnios semióticos?

Dizia ontem o Nuno Nabais, na bela sua livraria Eterno Retorno, que eu estou a dar continuidade aos velhos paradigmas semióticos (referia-se mais aos pré-modernos do que aos pós-iluministas) a partir dos fragmentos em que a semiótica havia deixado de fazer sentido no crepúsculo que sucedeu à lenta digestão deleuzeana e desconstruccionista (como eu, aliás, referira na Músicas da Consciência). De facto, sendo todos nós herdeiros dos variados pragmatic turns (deixámos de crer na transparência das linguagens e passámos a viver nas ficcionalidades globais que elas criam), que nos resta senão repor em andamento um novo tipo de saber que indague os percursos do sentido e do significado neste magma contemporâneo que se amplificou, descentrou e polarizou de modo múltiplo e aberto? A nova semiótica que eu advogo, no subtexto do meu recente volume didáctico, corresponde precisamente a uma atitude que pressupõe a ultrapassagem da ciência das ciências perseguida por Peirce, Husserl e em menor escala por Hjelmslev (ou até Saussure), para dar lugar a um saber que possa acompanhar as novas lógicas de significação que as culturas não territoriais (os "being-in-common", na expressão do semiótico australiano Alec McHoul) estão, hoje em dia, a formatar.  
Diz de tua justiça:

Poemas Teoremas Problemas

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