Bem me quer
Thursday, October 30, 2003
  30.10.03
Há dias em que pessoas que não conheço experimentam as mesmas coisas que eu:


Na rua da minha escola há um café diferente. Só este ano o descobri e agora já faz parte da minha rotina diária.
No seu interior há música mas, mais importante que tudo, há livros, jornais e revistas para os clientes lerem quando quiserem.
Hoje, antes da reunião que me prendeu na escola até às 20:30 h, fui até lá e bebi um chocolate quente com sabor a caramelo enquanto passava os olhos pelo DN.
A chuva já caía lá fora com alguma intensidade e apeteceu-me ficar alí mais um bocado a apreciar mais um fim de tarde de Outono. Mas os compromissos falam sempre mais alto... 
Diz de tua justiça:

Wednesday, October 29, 2003
  Tocar

Há pessoas que têm medo de tocar. Há pessoas irritantes, que dão apertos de mão frouxos, vazios. Há vários tipos de pessoas. E, para algumas, a maneira como nos tocam é uma assinatura. É um gesto simbólico que diz do que sentem por nós. Que digo? É um prémio. Sim, por vezes é mesmo um prémio.

Penso nisto depois de fumar um cigarro à chuva (informação perfeitamente inútil e que só podia estar num blog).
E penso que pessoas há que não posso deixar de ver sem tocar, pelo menos uma vez. Por exemplo, os fortíssimos, calorosos "high-fives" de mão toda aberta que troco com o Nuno, quando sai, e com o Tiago, quando chega. O aperto de mão cada vez mais vigoroso, com os ossos todos, que eu e o meu irmão damos. Os beijos perigosamente perto da boca, e com uma mão pousada no rosto, que se trocam às vezes com as poucas amigas que os homens têm.

O abraço caloroso do Joel, sempre. A mão sobre o ombro das pessoas que admiro e com quem trabalho, quando se diz "bom dia" ou "até amanhã". O beijo no rosto do meu pai, que substitui a benção que pedia respeitosamente na infância. Os beijos da minha mãe, que cheira a bebé. A mão no braço dos actores com quem trabalho, para suportar choro ou nervos ou momentos de insegurança, dizendo que estou ali e que sou, afinal, mais actor amador do que eles, a tentar disfarçar a minha própria insegurança. O aperto de mão prolongado que se dá àqueles amigos sinceros, mas que só vemos de tempos a tempos.

O beijo frio a uma mulher que se reencontra depois de, algures no neolítico superior, juntos termos partilhado toda a intimidade. Os dois beijinhos ambiguamente lentos a uma mulher que gostámos de conhecer. O beijo de fugida a alguém que foge. O beijo de olhos fechados para uma pessoa só. O abraço de velhos amigos, como o Hugo. Um abraço que tem tudo o que falta a um livro. Calor. O clap depois de um grande golo. Os joelhos juntos de um homem e uma mulher que não sabem bem o que querem um do outro. Mas desconfiam. A palmada nas costas ao companheiro de borgas.

Cada toque é um toque contra o tic-tac do relógio. Um tique de sinceridade. E, para evitar mais cacofonias, do tipo "tacada no trecolareco da ternura", volto à chuva para o último cigarro do dia. Faz-se tarde. tic tac tic tac

LFB  
Diz de tua justiça:

Saturday, October 25, 2003
  Gosto deste blogue.

Acho que o autor anda perdido ultimamente em banalidades, mas continuo a gostar deste blogue
Diz de tua justiça:

  "A selecção musical da TSF nunca foi perfeita (dependia das horas do dia; de quem estava a tomar conta da antena; dos programas que vinham antes ou depois). Não me enchia as medidas, nem por sombras, mas tolerava-se. De vez em quando, com sorte, até se ouviam umas bandas alternativas, música do mundo e – lá para o fim de Abril – Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Zé Mário Branco, a malta toda. Agora, quando ligo o rádio em 89.5, só oiço Eros Ramazotti, Phil Collins e programas açucarados como «A Idade da Inocência». Não só por isto, mas também por isto, para mim a TSF morreu."

Para mim também, Zé. 
Diz de tua justiça:

  E, pronto, o Pedro Rolo Duarte desvendou no Dna o segredo de Polichinelo da blogolândia e deixou cair o RAP nas malhas do Pipi. Isto de guerras entre editoras, senhores e senhoras, é levado da breca. 
Diz de tua justiça:

Friday, October 24, 2003
  Beijo.

Beijo. Beijos. Beijoooo. Beiiiiiiiiijo. Beeeeeeeeeijo. Beijos. Boca. Bocaaaaaaaaaaaaaa. Booooooooooca. Bom. Bommmmmmmm.
Os lábios mexem-se devagar ou depressa. E mais coisas que agora não interessa 
Diz de tua justiça:

  Contigo aprendi coisas tão simples como
a forma de convívio com o meu cabelo ralo
e a diversa cor que há nos olhos das pessoas
Só tu me acompanhastes súbitos momentos
quando tudo ruía ao meu redor
e me sentia só e no cabo do mundo
Contigo fui cruel no dia a dia
mais que mulher tu és já a minha única viúva
Não posso dar-te mais do te dou
este molhado olhar de homem que morre
e se comove ao ver-te assim presente tão subitamente

Ruy Belo 
Diz de tua justiça:

Wednesday, October 22, 2003
  Excelente, este texto, aqui:

O travelling
Imaginem por uns instantes que estão a produzir um daqueles documentários da BBC sobre o corpo humano. Nas vossas mãos está o controlo remoto de uma câmara miniatura, daquelas capazes de rivalizar em tamanho com o volume de um glóbulo vermelho.

Imaginem igualmente que neste preciso momento a imagem que captam no vosso visor é a de um caldo biológico, espesso, onde fervilham milhentas células. Façamos um zoom sobre uma delas. Reparem: tem uma cabeça e uma cauda. Se tivéssemos uma capacidade de ampliação realmente poderosa veríamos que na cabeça dessa célula estão contidos alguns cromossomas e que no capuz cefálico - a que os técnicos chamariam acrossoma - estão contidas algumas enzimas lisolíticas. Reparem agora na parte posterior dessa célula. É um flagelo composto por segmento intermediário, muito rico em mitocôndrias, e por uma cauda.

À semelhança das outras que a rodeiam, também esta célula vai sendo impelida para diante, graças aos impulsos erráticos da sua cauda alimentada a adenosina trifosfato. É noite lá fora, e as luzes estão apagadas. Mas, aqui dentro, a nossa câmara ilumina o caminho e incentiva a nossa célula no seu percurso egoísta. Sempre mais além, por caminhos nunca antes desbravados, o nosso núcleo intrépido ultrapassa as anquilosidades da trompa de Falópio e encontra finalmente o seu Graal.

Ela ainda não o sabe mas, dez anos após o seu casamento e muitos meses de tratamentos de infertilidade depois, Kate Harris acabou de engravidar.

Façamos agora um zoom out. Atravessemos tecidos e artérias, cruzemos a derme e a epiderme, afastemo-nos do casal que se esvai no delíquio do orgasmo, atravessemos paredes e telhados e cruzemos a noite citadina. Ao longe a mancha escura do Atlântico engole a luminosidade da cidade. A vida não pára, aqui. Carros, prostitutas, polícias, homens do lixo, late night party crashers, de tudo um pouco a nossa câmara foca e desfoca neste travelling imenso sobre a grande urbe e os que nela habitam, no rastro de um outro figurante para este nosso documentário.

Foquemos então este homem que corre atrás daquele táxi amarelo, enquanto assobia para o chamar e olha para o relógio. Foquemos o relógio: são 02.26 da manhã. Hoje, dia 11, Peter Davidson terá uma entrevista de emprego. Uma entrevista não, terá A entrevista de emprego da sua vida. Depois de 5 anos de sofrimento académico na Texas A&M e um mestrado por Yale, Peter está com o pé direito no primeiro degrau da escada do sucesso, da riqueza e da reforma dourada em Key West.

Deixemos Peter e o táxi que acabou por conseguir apanhar e sigamos pela rua abaixo. Dobremos a esquina da 8th Avenue com a W30 Street, ignoremos os vagabundos que tentam escapar ao frio de Setembro abrigando-se nas árvores de Madison Square Garden e olhemos para Penn Station, onde acaba de desembarcar Billy Wyatt.

Bill é um homem alto, careca, de idade indefinida. Veste um fato Armani sobre o qual traz um sobretudo algo puído que esconde uma barriga flácida e uma Remington Model 7400 Weathermaster de calibre 30-06. No bolso, uma carta de despedimento e uma caixa de munições, cada uma delas rasurada com o nome de cada um dos directores, gerentes e gestores de conta da empresa de contabilidade onde trabalhou até há duas semanas atrás. Billy andará sem destino pela cidade até que sejam 08.30 horas, até que possa enfim cumprir o seu destino, sonhado e amadurecido em 15 dias corridos a diazepams e prozacs.

Andemos com ele. Sigamos Billy na sua caminhada. Fechemos os olhos à sujidade, evitemos os carros que aceleram ao nosso encontro, apertemos rispidamente a coronha da espingarda até que os nossos dedos fiquem lívidos de raiva, e caminhemos, caminhemos sempre até que seja dia, até que sejam horas. Reparemos por ele que o dia nasce, que as ruas se enchem de gente e de carros, notemos absortos que a cacofonia aumenta de minuto a minuto e subamos com ele as escadas que dão para a porta envidraçada do átrio. Passemos pelos seguranças, descontraídos, e entremos com Billy no elevador. Subamos com ele até ao 94º andar.

Enquanto esperamos que a viagem termine, olhemos em volta. Há mais duas pessoas connosco. Há uma mulher loura, delgada, à nossa esquerda. Tem um tique nervoso, muito subtil, no olho direito e leva consigo uma pasta de cabedal com um monograma discreto junto ao fecho. Se repararmos bem, distinguiremos um K e um O, entrelaçados. Se lhe fosse perguntado o nome, a mulher loura diria: Kate Harris, née Oliver. Está tensa. Tem um trabalho importante para entregar mas a noite de ontem deixou-a cansada, sem vontade de se dedicar ao trabalho com o afinco que seria desejável. Espera conseguir descontrair-se até às 09.00.

À nossa direita, um tipo robusto, com All American escrito por todo o lado. Queixo quadrado, olho azul, mãos de jogador de futebol, um pin discreto dos Aggies na lapela. Na mão, vira e revira a carta em que lhe marcaram a entrevista. Se olharmos com cuidado, veremos o seu nome lá escrito: Peter Davidson.

Concentremo-nos agora. São 8:44. As portas do elevador abrem-se, Billy retira a segurança da Remington e fica por entre as portas do elevador e a sala open office à sua frente. É hoje. Olha à sua volta uma última vez, respira fundo antes de sacar da espingarda e começar a disparar a esmo. Olha, imobiliza-se.

A mulher loura começa a pensar em interpelar o careca alto que bloqueia as portas mas pára ao ver a sua expressão. Curiosa, olha na direcção dos seus olhos. Mesmo à sua frente estão as janelas. E mesmo à frente das janelas – a 100, não mais do que 200 metros de distância – está um avião. Enorme. Cada vez maior. E já não há janelas, agora, só avião. E escuridão. 
Diz de tua justiça:

  Lido, aqui:


A solidão afecta-nos a todos em dados momentos da nossa vida.

O que mais espanta e assusta são as pobres tentativas usadas para enganar essa solidão. Desde longas chamadas às tantas da manhã para serviços gratuitos de apoio a consumidores em que o coitado do assistente tenta da melhor forma encaminhar a pessoa para uma linha de apoio emocional, a longas maratonas na internet numa busca incessante de algo que não se vê.

Há pessoas que inventam amantes nas linhas que lêem sem qualquer preocupação pela invasão da privacidade, do espaço privado de cada um. Expoêm-se, mandam números de telefone, pedem por e-mail carinhos a pessoas que não fazem parte do seu mundo mas que a sua solidão imagina como soluções para a miséria da sua vida despovoada de pessoas.

Neste espaço virtual onde nos "movimentamos" há pessoas que escrevem em nome de outras, que fingem proximidades,que inventam amores, enfim, que gritam por socorro das formas mais inadequadas e distorcidas...

Qual é o limite? 
Diz de tua justiça:

  Pai herói

A minha filha vê-me chegar. Dá alguns passos apressados na minha direcção e eu preparo-me para o abraço, mas, de repente, ela volta para trás, abre a porta da sala do Infantário e grita lá para dentro:
- O meu pai cortou o cabelo. . . todo!!!

De facto, cortei o cabelo, mas o desbaste, mesmo que generoso, ficou muito aquém da carecada.

Continuo no mesmo lugar, à espera, surpreendido, quando, alguns segundos depois, ela se afasta para um dos cantos da porta e com um ‘vejam’ dá lugar a sete ou oito meninas espantadas (os meninos, pelos vistos, não se interessam por estas novidades).

Olham todas com muita atenção, sem dizer uma palavra, e eu dou por mim embaraçado, esboçando um sorriso de circunstância e propondo um ‘olá’ sem força. Durante cinco segundos ficamos ali, estáticos, eu segurando o sorriso, elas reverentes, como se contemplassem ao vivo o Popas da Rua Sésamo. Até que, tão depressa como chegaram, as meninas se vão embora.

A minha filha abraça-me, finalmente. Diz-me, vaidosa, que as colegas já viram o pai com o cabelo cortado. Eu agradeço-lhe a atenção.

No fundo já estou habituado. Não há muito tempo, todas as crianças e educadoras que estavam no recreio do Infantário ficaram a saber que eu vestia umas calças novas. // by David  
Diz de tua justiça:

Thursday, October 16, 2003
  E aqui, aconselho vivamente este blogue novo, uma conversa de miúdas que falam dos seus gajos.. :D

É essa menina que passa...
Hoje estreei um par de botas giríssimo, a minha mais recente aquisição da colecção outono/inverno que invade as montras de Lisboa.
Adoro botas. Adoro-as pretas, castanhas, cremes, até brancas ou vermelhas dependendo do outfit e da ocasião. Altas, baixas, bicudas, quadradas, lisas ou com relevos e apliques, adoro!
Apenas um requisito é para mim fundamental: bota que se preze tem de ter salto alto.
Pois que, do alto do meu metro e oitenta (deixem-me sonhar por favor), com as minhas lindas botas novas, saí de casa esta manhã, pronta para arrasar com o figurino.
Sentia-me o máximo quando iniciei a travessia da avenida, o trânsito parado no semáforo, qual público expectante. Imaginei que paravam para me ver passar, qual garota de Ipanema, deslumbrados com o meu caminhar de gazela, e eis senão quando, num pisar hesitante, se me falha o chão, se me torce o pé e se me falta o equilíbrio.
Num espectacular esbracejar em direcção ao infinito sou forçada a uma corridinha de restabelecimento, deixando mala para um lado e chapéu de chuva para outro, prostrados em pleno asfalto.
Não imaginam o meu embaraço, adivinhando na boca de todos aqueles condutores uma sonora gargalhada.
Depois de recuperar os meus haveres saí dali para fora o mais rapidamente que consegui e sem olhar para trás. No ridículo da situação fiquei a pensar: já não pode uma gaja sentir-se esplendorosa sem que uma destas lhe aconteça! E ri-me de mim própria porque, convenhamos, foi hilariante! o que me consola é que também ninguém me conhecia... espero! 
Diz de tua justiça:

  E aqui, uma ideia a reter! :D

Há pouco num restaurante chinês (não por causa do serviço ou algo assim, mas porque o meu cérebro faz uma ligações estranhas que nem eu percebo) pensei como seria engraçado, cada um de nós ter um livro de reclamações.
Um livro pessoal, podia ser um Moleskine, que tinha o registo de todas as reclamações feitas à nossa pessoa, com o registo do interveniente, local e hora, desde a mais tenra idade até à nossa morte que depois passava de geração em geração, como alguns genes.
Teria o colega de escola ao qual ficámos a dever 2$50 do bolo do intervalo, os berlindes que abafámos indevidamente (sim era e sou maria-rapaz!), as caneladas que dávamos no jogo de futebol contra os rapazes, os males na faculdade, com os namorados, no trabalho, etc.
Isto tinha 2 objectivos: nunca ficarem com nada por dizer e nós podermos refutar as reclamações ou aprender com os erros.
É que eu nunca soube porque é que a Luísa deixou de falar comigo no 8ºano e senti-me mal para sempre...devo ter cometido um erro tremendo. Quando lhe perguntava, ela dizia "Tu sabes!"
Mas não, não sei!
E sou uma pessoa traumatizada por isso...não, na verdade não sou, mas são aquelas coisas de infância que nunca mais nos saem da cabeça.
Hoje vou adormecer a pensar na Luísa! Eu nunca tive nada a reclamar dela senão isto! 
Diz de tua justiça:

  E o outro azul, mais sério:

Às vezes as certezas são tão reais que é preciso que outros as confirmem.

De Maria para Maria:
- Este sinal aqui é o que penso, não é? Julgo que nem vai ser preciso biópsia.
- É. E é para tirar já, mesmo em ambulatório. Por largo, com margem de segurança.

E depois?

Nada de especial. Ir dar uma aula de quatro horas cujo conteúdo temático, previamente agendado, era reprodução e crescimento celular; anomalias do processo mitótico; o caso particular do cancro.
 
Diz de tua justiça:

  Esta azul do mar anda como eu... angustiada:

Como saber se chegou a altura de mais uma vez nos visualizarmos, frágeis e inumanos?

Sempre que nos olhamos ao espelho e, não nos achando a beleza, nos vemos uma falha de algo que faz falta. De alguém,... de um amor, de um amigo, de uma pessoa de família no hospital que amamos forte!

Quando o mar nos chama e nos diz, bem baixinho em burburinhos de espuma, vem, ao pé de mim e tenta sempre,... tenta sempre ser feliz, mesmo que com pouco.
 
Diz de tua justiça:

Wednesday, October 08, 2003
  Não resisto ao querer do dia:

Queria
cravar-me em ti,
o meu corpo
feito seta,
o teu
feito alvo.


e aqui:

Tu
Serás sempre um rio de labaredas que correu debaixo da minha pele. 
Diz de tua justiça:

  Tomo sempre o pequeno almoço sentado na mesa da cozinha, a olhar para a janela. Lá fora há um pátio largo, entra boa luz e a vista é desafogada. Ao fundo do pátio há um prédio novo. Quiseram os arquitectos que as janelas da casa de banho desse prédio fossem largas e encostadas ao duche. Agora, quando por volta das sete ainda está lusco-fusco, a luz no prédio do outro lado deixa ver as silhuetas recortadas. Uma delas, a de uma mulher, morena e de cabelos compridos, aparece a tomar duche à mesma hora que eu tomo o pequeno almoço. Vejo-a, recortada na sombra,mesmo em frente, a acompanhar-me o café. Adivinho-lhe o contorno do corpo, espreito-lhe as curvas, mesmo sem querer. Tornei-me um involuntário voyeur de pequeno almoço. Os arquitectos que há pouco mais de um ano colocaram o prédio da frente num espaço desafogado nunca pensaram que estavam a oferecer esta possibilidade aos vizinhos.

Se calhar sou eu....  
Diz de tua justiça:

  Ela conta grãos de areia. E ele devia mesmo escrever um livro. 
Diz de tua justiça:

  Estive dois dias de banco.... preciso de um banho de imersão, uma cama com lençóis lavados e umas férias.

UFF! 
Diz de tua justiça:

  Estou como ela: passou mais um dia. Um dia que deveria ser de descanso, de divertimento ou mesmo um dia para acabar o que deixei pendente nos outros dias da semana. Não aconteceu nada disto. Foi um dia vazio. E fico irritadíssima quando isto me acontece...
 
Diz de tua justiça:

Poemas Teoremas Problemas

sonia.lemos@netcabo.pt


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